domingo, 22 de março de 2015

Assim é mais difícil, não é?

E ao quinto jogo o benfica teve de jogar contra onze. Desta vez não houve a expulsão salvadora entre os 60 e os 70 minutos (nos últimos quatro jogos as expulsões foram sempre nesse período do jogo). Consequência? Ao minuto 73 a equipa adversária empatou. Coincidências? Não acredito em coincidências!

Mas a coisa não ficou por aí. Bastaram 10 minutos (incluíndo descontos) a jogar com 10 para perder o jogo. Sentir o próprio veneno é tramado. E se o samaris tem sido expulso, como aconteceria em 95% dos casos se fosse um adversário do benfica a fazer aquele pénalti, possivelmente saíam de Vila do Conde de cabaz cheio. Já agora, perante os queixumes do jasus sobre a expulsão do luisão, o hugo basto do arouca que foi expulso por uma falta a meio do meio campo começou a rir e ainda não parou.

Ficou ontem evidente que este benfica possivelmente nem estaria a lutar pelo título se os campos em Portugal não estivessem inclinados. Este benfica é apenas uma soma de muita bazófia, muito número aldrabado e muita corrupção.

Mas a jornada não ficou por aí. Os tripeiros foram ao campo do nacional e não conseguiram melhor resultado do que nós na taça, mas com uma diferença: acabaram o jogo com 11 jogadores em campo. Não nos podemos esquecer que o facto de termos empatado na choupana para a taça foi visto como um claro sinal de crise. No caso do porto, parece que o ângulo preferido é de que dependem apenas deles para serem campeões. Dois pesos e duas medidas? Nada disso!

Ontem o meu filho perguntou-me quem eu preferia que fosse campeão, no caso de não ser o Sporting e eu disse-lhe que me era indiferente. É verdade que ser um ou outro campeão é como me tirarem os dentes do siso sem anestesia, mas o dente vermelho tem dois inconvenientes:

1. A corrupção. Neste momento e até ver, o benfica tem sido muito mais beneficiado pelos esquemas de corrupção do futebol português que o porto, esta época. O benfica é hoje o clube mais corrupto em Portugal e isso é difícil de engolir. Ainda mais difícil de engolir é o beneplácito e mesmo aplauso da maioria dos seus adeptos neste assalto ao poder corrupto;

2. A proximidade geográfica com maior número de lampiões. Então desde que têm um bazófias a presidente e o rei da bazófia a treinador, o nível de bazófia dos adeptos cresceu exponencialmente e fica muito complicado aturá-los.

Dito isto, não sendo o Sporting campeão, é me de facto indiferente quem o é. Mas, pelos motivos apresentados, se o título for para carnide vai dar mais comichão.

Em relação ao jogo de hoje, temos de confirmar que o que aconteceu na primeira volta foi um percalço e vencer categoricamente. Se o fizermos, arrumamos com a questão do terceiro lugar e pomos alguma pressão nos tripeiros.

SL

sexta-feira, 13 de março de 2015

O novo director de conteúdos da benfica tv

O orelhas voltou a fazer das suas. Pôr o pedro guerra a director de conteúdos da benfica tv é um dos movimentos mais "curiosos" que vi nos últimos tempos, mas que definem o estado a que o benfica chegou. Nomear um personagem deste calibre para um canal que se quer afirmar como sério e profissional é um acto de gestão incompreensível. Basta dar uma volta pela blogosfera lampiã para ver que esta é uma nomeação que os benfiquistas sensatos não compreendem. O problema é que os benfiquistas sensatos são uma espécie em vias de extinção e provavelmente esta será uma decisão aplaudida pela maioria encornada.

Mas esta nomeação tem a virtude de deixar claro que a estratégia da benfica tv não passa por captar clientes fora da esfera vermelha, pois os conteúdos geridos por este personagens serão intragáveis por qualquer adepto de outro clube. Aliás, serão igualmente de difícil digestão para alguns benfiquistas.

Acho também curiosa a relação que é feita em alguns blogs da "concorrência" entre esta nomeação e aquilo que parece ser um extermínio de potenciais concorrentes do orelhas à presidência: rui gomes da silva deixou de viajar com a equipa e rui costa viu o seu ordenado escarrapachado na capa do cm. vieira segue uma velha tradição mafiosa: os inimigos que não consegue puxar para junto de si, como aconteceu com o josé eduardo moniz, elimina-os sem remorsos.

SL

quinta-feira, 12 de março de 2015

A roubar desde de 1930!

Uma arte que vem de longe. Cruzei-me com este texto na caixa de comentários do O Artista do Dia, bum comentário feito pelo tonybarracuda e achei curioso partilhá-lo. Atenção que o silvestre rosmaninho foi, além de sócio, jogador do benfica, situação que era comum naquele tempo. Não era comum era roubar-se à descarada! Este senhor chegou a dirigente federativo de destaque. Parece que recompensar o crime é uma instituição do futebol português. Já diz o ditado: O que nasce torto tarde ou nunca se endireita. Penso que no caso do futebol português é nunca.

SL



Reportamo-nos hoje à que no Barreiro foi a tão tristemente célebre temporada de 1929/30, quando ao Barreirensezinho foi simplesmente “rapado” o título de campeão nacional de futebol. Quase não dá para acreditar como a “coisa” se passou... (O que – como é óbvio – não se encontra devidamente reportado nos livros próprios, por ser - como tão amiúde se passa na política - “bastante incorrecto” escrever a verdade).

Os torneios máximos de futebol (em que o Benfica até então não se sagrara campeão!) eram disputados em eliminatórias, ainda não por pontos... Neste 1929/30, o Barreirense venceu o Distrital, levando a melhor no último encontro, em 22 Junho 1930, no Montijo, sobre o valoroso Vitória sadino por 3-0. Na final da relevante Taça Caridade, disputada em 2 Fev. 1930 no Campo Grande, o Barreirense superou à vontade o Sporting lisboeta por 5-1. (A tão bela Taça Caridade encontra-se em bem destacado posto no Salão de Honra do Ginásio-Sede). 
 
Seguiu-se o Campeonato Nacional, tendo o Barreirense afastado sucessivamente os Unidos do Barreiro, o Comércio e Indústria, o Luso F. C., o União de Coimbra, o Boavista, o Sporting de Espinho, e derrotado na meia-final (em duas partidas) o Belenenses, campeão de Lisboa (!). E, sem qualquer derrota ao longo da temporada (!), o F.C.B. vai defrontar as águias lisboetas na finalíssima do nono nacional do desporto-rei. Agora... Segundo o regulamento, essa partida deveria ser disputada em campo neutro. Mas a Associação de Futebol de Lisboa marcou o encontro para o ... Campo Grande, o terreno de jogos do ... Benfica. O benfiquista João de Oliveira (um dos dois irmãos “Bananeiras”) estava suspenso por, semanas antes, ter agredido um árbitro em jogo. À última da hora, este Oliveira foi ... “amnistiado” do seu castigo de oito meses (!) a fim de poder alinhar na final contra o Barreirense. E – o que foi o cúmulo – para árbitro foi designado Silvestre Rosmaninho, um dos sócios mais antigos do Benfica (!). Os protestos do Barreirense caíram em saco roto.  

Em 1999 entrevistámos para outro semanário o keeper do F. C. B., o nosso tão saudoso amigo Francisco Câmara. É dele a frase: “O primeiro título nacional do Benfica foi extorquido ao Barreirense”, que aqui repetimos. Chico bem se recordava ... Quanto ao jogo, Zé “Toupeira” inaugurou o marcador para os camarros. O Benfica empatou, num lance ilegal sancionado por Rosmaninho em que adversários empurraram Câmara para dentro da baliza antes da bola entrar! No prolongamento, o ... “amnistiado” João “Bananeira” marcou o segundo tento benfiquista. Com tal arbítrio os barreirenses baixaram os braços. Veio o 1-3 final. E Chico Câmara adiantou: “Passados uns anos leu-se que ... Silvestre Rosmaninho ... fora galardoado pelo seu clube com a Águia de Ouro”. O seu a seu dono. E o Barreirense não foi, nunca seria campeão nacional.  
 
Esta “derrota suja” ficou para sempre cravada na garganta de barreirenses. Sentimos o dever de lembrá-la agora, quando do centenário. Bem, hoje, o poder dos “grandes” da bola, não se processa tão às claras... É mais refinado... (Note-se que estas facetas inconcebíveis referentes à finalíssima do Nacional de 1929/30 não se encontram reportadas no óptimo livro “70 anos de Vida do Futebol Clube Barreirense”, de Rosa Figueiredo). 
 
Como treinador dos alvi-rubros continuava o insigne eng. Augusto Sabo (que em breve deverá ser incluído nos vinculadosaobarreiro.com). Jacinto Nicola Covacich encontrava-se à frente da Direcção do Clube. A Sede do F. C. B. ainda se situava no amplo primeiro andar do lado ocidental do Largo Casal. 
 
Nota: Em 1934, o F.C.B. atingiria, pela segunda vez, a final do Campeonato de Portugal, tendo sido derrotado por 3-4 contra o Sporting. Quase na conclusão do tempo regulamentar, os rubro-brancos remataram à trave. Foi azar... Houve prolongamento, no qual o avançado-centro sportinguista – natural do ... Barreiro! – enfiou a sua quarta e última bola na baliza de Chico Câmara. Ora bolas..., para sempre.